sábado, 21 de setembro de 2013

O desafio de escrever cada vez melhor

Especialista em memórias literárias analisa produção da aluna Nathalya Cristina Trevisanutto e indica como superar as dificuldades que aparecem na versão inicial

Elisângela Fernandes (novaescola@atleitor.com.br) elisangela.fernandes@fvc.org.br
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Nathalya Cristina Trevisanutto, 13 anos, autora dos textos utilizados nesta reportagem. Foto: Rafael Silva
Nathalya Cristina Trevisanutto, 13 anos, autora dos textos utilizados nesta reportagem
Nathalya Cristina Trevisanutto foi uma das vencedoras da Olimpíada de Língua Portuguesa em 2012. Até chegar à versão final do texto Cores, Aromas e Sabores de Infância, ela precisou reescrevê-lo diversas vezes. As mudanças ocorreram à medida que a professora Vanicléia de Oliveira Sousa Rebelo propôs atividades de leitura e escrita para que a turma do 8º ano da CEEFM Doutor Duílio ampliassem seus conhecimentos sobre o gênero memórias literárias.
Mariana Luz Pessoa de Barros, professora do Colégio Santa Cruz, em São Paulo, e pesquisadora dos temas autobiografia, memória, tempo e literatura, analisa a primeira versão produzida por Nathalya e indica quais atividades podem ser propostas para que os alunos tenham cada vez mais desenvoltura em relação a linguagem literária, foco narrativo, seleção e ordenação das informações e padrões da escrita.
Clique nos trechos realçados para ver os principais problemas que aparecem no texto inicial. Em seguida, leia o texto vencedor e veja como esses problemas foram superados.

1ª produção
Eu e meus sobrinhos brincávamos de baixo da seringueira fazíamos bola de borracha e ao entardecer ficávamos olhando os carros passarem na rodovia. As crianças também trabalhavam no café, ajudavam a moer o café, a juntar de noite e a limpar o tronco do café, parecia um serviço fácil, mas era muito perigoso porque tinha vários bichos perigoso debaixo do café como aranhas, escorpiões, etc.
A escola daquele tempo era no sitio e era de madeira, só existia uma sala e era dividido em duas partes por uma cortina, eram dois quadros, eram duas carteiras juntas, a professora que fazia a comida e dois alunos dia lavava a louça. No recreio as crianças brincavam de pé-na-lata, pique-esconde, pega-pega, ciranda, Terezinha de Jesus, etc. Eram os alunos que lavavam a escola uma vez por mês.
A primeira televisão que eu vi era do dono do sitio e o pessoal ia assistir o "Jornal Nacional" e a novela "Direito de Nascer". Quando a televisão chegou na minha casa, foi uma festa, só meu irmão mais velho podia ligar a TV.
O chuveiro era de lata, e a água era armazenadas em potes, e ferro de passar roupa era de brasa, e a gente só bebia refrigerante no Natal.
As festas de São João, quando eu morava no sitio, tinham sete fogueiras uma em cada casa do sitio, o cheiro das delicias de São João exalavam por todas as casas, em um momento da festa o pessoal se reunia para rezar o terço e depois se deliciavam com os pratos típicos de São João.

CLIQUE EM: 2 PRODUÇÃO FINAL - E VEJA NA PÁGINA DA NOVA ESCOLA COMO FICOU ESSE TEXTO DEPOIS DE CORRIGIDO.
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